quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Objeto e Minha Casa Minha Vida

Em dezembro, o meu notebook pifou. Diagnósticos e orçamentos depois, concluí que seria melhor comprar um novo.


Esperançoso, esperei pelo Natal. Alguém poderia me presentear com o objeto do meu desejo.


Como tal ideia não ocorreu a ninguém, comprei um notebook da Dell.


Infelizmente, terei que mudar um novo hábito adquirido, e já comentado aqui no Blog, ou buscar uma solução que envolverá mais despesa.


Surpreendentemente, o som do notebook é muito, muito baixo.


Portanto, ouvir os meus CDs pelos headphones aqui no laptop tornou-se em uma experiência frustante.


Possuir uma boa placa de som é o mínimo que se espera de um notebook Dell com 4 GB de memória RAM, HD com 640 GB de memória, processador Intel Core i5, monitor com 14.0" e sistema operacional Windows 7 Home Premium (substituiram a aberrativa "Inicializando o Windows" por "Iniciando o Windows").


Mas o Dell modelo Inspiron 14R-850 tem som baixo e terei que tomar providências. Enquanto isso, os phones com fio comprido vêm a mim do velho CD player.


O fato da Dell investir em computadores para empresas explica, mas não justifica essa deficiência no seu produto - que até o momento parece ser muito bom.


Mesmo com ajustes e volume no máximo, ouço com som baixo os vídeos da Internet, mas ouvir a banda holandesa Asphyx (death/doom metal) não dá.


"The Incarnation of Lust" e "Food for The Ignorant", faixas 5 e 7 do álbum "Last One on Earth", necessitam que se cumpra a famosa recomendação play it loud contida em muitas capas de discos.


Um amplificador resolverá o meu problema, assim como uma atitude enérgica do governo federal dará fim ao absurdo que está acontecendo na Bahia em relação ao programa "Minha Casa Minha Vida".


Mais de cinquenta apartamentos do conjunto residencial popular de Feira de Santana foram vendidos, pelos novos proprietários contemplados, por valores que vão de 50 reais a 35 mil para atravessadores. Cada imóvel vale no mínimo uns 15 mil reais.


Além disso, cerca de 10% das famílias beneficiadas estão inadimplentes nas suas prestações - que estão em torno de 50 reais -, fato que ameaça o programa social.


Fica difícil criticar o governo, ou os governos brasileiros, com a desonestidade grassando em todas as classes sociais do país.


E que não se fale em ingenuidade de necessitados, porque esse papo não cola mais. As famílias beneficiadas pelo programa são assistidas.


Se a "verdadeira Bahia é o Rio Grande do Sul" (como afirma ironicamente a canção "Rock'n'Raul" de Caetano Veloso), a partir de casos como esse, pode-se concluir que o verdadeiro Brasil é a Bahia.


Essa Bahia do "Minha Casa Minha Vida".


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