quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Evoé Momo !!! Tempo de Samba e Fantasia


Tempos atrás, se comentava que não se via qualquer manifestação carnavalesca nas ruas do Rio de Janeiro na época do Carnaval.

A maior festa popular brasileira estaria morrendo. Nada mais de blocos, confetes e serpentinas nas ruas.

Decadência nos salões: os bailes não atraíam mais ninguém.

A Cidade Maravilhosa virava quase uma Cidade Fantasma. Muita gente ia embora; pouca gente chegava.

O Carnaval carioca parecia estar resumido ao Desfile das Escolas de Samba - que aliás, com algumas exceções, começavam a ficar cada vez mais parecidas entre si.

Entretanto, em diversos estados nordestinos, a festa continuava espontânea, popular e de rua.

Tudo mudou quando a garotada carioca resolveu botar o bloco na rua: literalmente. Os Blocos de rua foram reaparecendo e tomando conta da paisagem carioca.

A alegria carnavalesca invadiu a cidade. Os saudosos sorriram satisfeitos; quem não conhecia aderiu. Evoé Momo !!! Evoé Baco !!! Que beleza...

Tempos depois, o Rio vive um engarrafamento de Blocos. A impressão que se tem é que qualquer reunião com mais de quatro pessoas em bares e botequins vai virar Bloco e ganhar a liberação da prefeitura da Cidade e depois as ruas.

E o que se vê? Um bando de gente andando com latinha de cerveja na mão acompanhando o cortejo. Sim, porque, tirando o pessoal da bateria e do carro de som, a maioria esmagadora não tem a menor ideia do que está sendo cantado.

E como o som normalmente é muito ruim, depois de um tempão de Bloco na rua, os foliões continuam a ignorar o que é entoado, berrado do carro de som.

"Mas que mau humor", dirão os meus desafetos; mas, pensem comigo: nenhuma festa popular baseada em música pode viver sem... ...música !!!
 
A indústria do entretenimento não investe em marchinhas, sambas, música de carnaval. Só rola o disco "Sambas de Enredo do Ano Tal" e pronto.

Colchetes: [é claro que existe uma galera que vive o samba doze meses ao ano. Pessoas que frequentam as Escolas de Samba e são do meio. Amam o carnaval e ainda mais o samba]

Na sua maioria, a garotada vai aos Blocos para ver e ser vista. Um tremendo climão de Baixo Gávea (point aqui do Rio).

E tome de homem musculoso sem camisa. Ainda tem mais essa: agora, os Blocos trazem muito mais homens com menos roupa do que mulheres com pouco pano - é mole?

O pior é que a grande maioria desses caras não faz outra coisa a não ser andar pra cá e pra lá (devem ficar esperando que as garotas falem com eles...).

Até os meus desafetos vão concordar comigo: não é nada agradável ficar debaixo de um Sol desumano, suando uma barbaridade, bebendo cerveja quente cobrada acima do preço normal, ouvindo sambas ou marchinhas desconhecidas num som terrível (sem chance de aprendê-las) e vendo homens fortes sem camisa.

PQP !!! Tô fora !!! E a destruição dos canteiros, jardins, entradas de prédios, homens urinando em qualquer lugar e as latas de cerveja jogadas nas calçadas ???

E a música? E quando a música que é tocada e cantada não é uma composição própria do Bloco? A bandinha ou o carro de som ataca de: "Olha a cabeleira do Zezé/Será que ele é/Será que ele é...".

PQP 2 !!! "Cabeleira do Zezé", "As Águas Vão Rolar", "Sassaricando", "Índio Quer Apito", "Mamãe Eu Quero" e afins são do tempo do meu tataravô !!!

Uma garotada que não se interessa por samba o ano inteiro; aí, quando chega o carnaval, desata a cantar as marchinhas do tatataravô ???

Cidade Maravilhosa ??? Ah, que saudade da Ghost Town...

6 comentários:

  1. hahaha, o pior é que é isso mesmo. Tamu na final.

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  2. Eeeeeeeeeeeeee índio quer apito se não der pau vai comer

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  3. This toooown, is coming like a ghost town

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  4. This toooown, is coming like a ghost town x2
    http://www.youtube.com/watch?v=jqZ8428GSrI

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  5. This toooown, is coming like a ghost town X3

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  6. O velho na porta da Colombo/É um assombro/Sassaricando...

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